quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

CARTA DE UM PAI

Saudações venho por esta missiva dar-lhe um conselho que esta ti encontre em um perfeito
Sentido para captar o que EU vou narrar para um PAI

OS DEZ MANDAMENTOS PARA O PAI

1-Lembra-te de que o LAR foi formado por Deus no principio da raça humana para que nele o homem encontre toda felicidade na terra
2-Lembra de que o primeiro ataque de satanás foi contra o LAR e que ele,através dos séculos tem feito todo esforço para destruí-lo
3- Não te esqueças de que Deus te colocou como cabeça do LAR cumpre com firmeza os teus deveres de chefe de casa
4-Coloca o LAR em primeiro lugar na lista das tuas prioridades.Ele deve ser mais importante que qualquer outra coisa da vida
5-Cumpre a tua responsabilidade de providenciar o suprimento MATERIAL,MORAL,E ESPIRITUAL para o teu LAR
6-Sê generoso em dispensar á tua esposa e a teus filhos o amor que eles precisam, tanto por palavra como por ação é tudo que eles esperam de um PAI
7-Considera sempre os filhos como pedras preciosas que precisam ser lapidadas constantemente,a fim de que se tornem o adorno do teu LAR e tu possa te orgulhar sempre deles
8-Procura viver de tal maneira que os teus filhos possa seguir os teus passos, tranqüilos e confiantes
9- Mantém sempre aberta a linha de comunicação no LAR através da qual desentendimento
e problemas – que por ventura venha a surgir – possam ser resolvidos com alegria felicidade de todos
10- Lembra-te de que a tarefa que Deus te deu é pesada demais para você realizar sozinho por isso busca orientação de Deus através da oração e da leitura da bíblia, que ela não é somente mapa que nos leva ao céu mas a bussola que nos guia na terra

Os filhos tornam para os pais segundo a educação que recebe,Se não conquistarmos hoje os nossos filhos eles nos quebrantaram amanhã, O exemplo de um pai é a linguagem mas conhecida por todos os filhos

Ensine uma criança ficar adolescentes ; e um adolescente a se tornar jovem; e um jovem a se tornar adulto depois disso ele saberá ficar velho graciosamente

Quero dedicar todo este conteúdo desta missiva a todos os meus filhos tanto os filhos descendentes como meus filhos na FÉ
E nossa suplica ardente é que todos possam conhecer a DEUS e cada pai possa passar para seus filhos Dt 6.6,7,

Ensina o teu filho o caminho em que deve andar que até depois de velho não se apartara dele Pv

Filho meu atentas para as palavras dos meus ensinamentos inclina os teus ouvidos e não deixe fugir dos teus olhos porque eles são vida para quem aprende e vIve


PASTOR ALEXANDRE DE JESUS SOUSA

TRÊS TIPOS DE ESPIRITUALIDADE

INTRODUÇÃO

1. O homem é um ser religioso

O homem é um ser religioso. Desde os tempos mais remotos, ele tem

levantado altares. Há povos sem leis, sem governos, sem economia, sem

escolas, mas jamais sem religião. O homem tem sede do Eterno. Deus mesmo

colocou a eternidade no coração do homem.

Cada religião busca oferecer ao homem o caminho de volta para Deus. As

religiões são repetições do malogrado projeto da Torre de Babel.

2. O homem é um ser confuso espiritualmente

Só há duas religiões no mundo: a revelada e aquela criada pelo próprio

homem. Uma tenta abrir caminhos da terra ao céu; a outra, abre o caminho a

partir do céu. Uma é humanista, a outra é teocêntrica. Uma prega a salvação

pelas obras; a outra, pela graça.

O cristianismo é a revelação que o próprio Deus faz de si mesmo e do seu

plano redentor. As demais religiões representam um esforço inútil de o homem

chegar até Deus através dos seus méritos.

3. O homem é um ser que idolatra a si mesmo

A religião que prevalece hoje é a antropolatria. O homem tornou-se o centro

de todas as coisas. Na pregação contemporânea, Deus é quem está a serviço

do homem e não o homem a serviço de Deus. A vontade do homem é que

deve ser feita no céu e não a vontade de Deus na terra. O homem

contemporâneo não busca conhecer a Deus, mas sentir-se bem.

A luz interior tornou-se mais importante do que a revelação escrita. O culto

não é racional, mas sensorial. O homem não quer conhecer, quer sentir. O

sentimento prevaleceu sobre a razão. As emoções assentaram-se no trono e a

religião está se transformando num ópio, um narcótico que anestesia a alma e

coloca em sono profundo as grandes inquietações da alma.

Marcos capítulo 9 oferece-nos uma reposta sobre os modelos de

espiritualidade:

Este material é parte integrante da Igreja Batista Gênesis

I. A ESPIRITUALIDADE DO MONTE – ÊXTASE SEM ENTENDIMENTO –

(9.2-8)

Pedro, Tiago e João sobem o Monte da Transfiguração com Jesus, mas não

alcançam as alturas espirituais da intimidade com Deus. Há uma transição bela

entre o capítulo 8 de Marcos e este capítulo 9; no anterior Cristo falou da cruz,

agora ele revela a glória. O caminho da glória passa pela cruz.

Que monte era este? A tradição diz que é o Monte Tabor;[1] outros pensam

que se trata do Monte Hermon. Mas, a geografia não interessa, diz Adolf Pohl,

já que não se pensa em peregrinações. A fé no Senhor vivo que está presente

em todos os lugares faz com que montes sagrados entrem em

esquecimento.[2]

A mente dos discípulos estava confusa e o coração fechado. Eles estavam

cercados por uma aura de glória e luz, mas um véu lhes embaçava os olhos e

tirava-lhes o entendimento.

1. Os discípulos andam com Jesus, mas não conhecem a intimidade do

Pai – (Lc 9.28,29).

Jesus subiu o Monte da Transfiguração para orar. A motivação de Jesus era

estar com o Pai. A oração era o oxigênio da sua alma. Todo o seu ministério foi

regado de intensa e perseverante oração. Jesus está orando, mas em

momento nenhum os discípulos estão orando com ele. Eles não sentem

necessidade nem prazer na oração. Eles não têm sede de Deus. Eles estão no

monte a reboque, mas não estão alimentados pela mesma motivação de Jesus.

2. Os discípulos estão diante da manifestação da glória de Deus, mas,

em vez de orar, eles dormem – (Lc 9.28,29).

Jesus foi transfigurado porque orou. Os discípulos não oraram e por isso foram

apenas espectadores. Porque não oraram, ficaram agarrados ao sono. A falta

de oração pesou-lhes as pálpebras e cerrou-lhes o entendimento. Um santo de

joelhos enxerga mais longe do que um filósofo na ponta dos pés. As coisas

mais santas, as visões mais gloriosas e as palavras mais sublimes não

encontraram guarida no coração deles. As coisas de Deus não lhes davam

entusiasmo; elas cansavam seus olhos, entediavam seus ouvidos e causavamlhes

sono.

3. Os discípulos experimentam um êxtase, mas não têm discernimento

espiritual – (9.7,8).

Os discípulos contemplaram quatro fatos milagrosos: a transfiguração do rosto

de Jesus, a aparição em glória de Moisés e Elias, a nuvem luminosa que os

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envolveu e a voz do céu que trovejava em seus ouvidos. Nenhuma assembléia

na terra jamais foi tão esplendidamente representada: lá estava o Deus triúno,

Moisés e Elias, o maior legislador e o maior profeta. Lá estavam Pedro, Tiago e

João, os apóstolos mais íntimos de Jesus. Apesar de estar envoltos num

ambiente de milagres, faltou-lhes discernimento em quatro questões básicas:

Em primeiro lugar, eles não discerniram a centralidade da Pessoa de Cristo

(9.7,8). Os discípulos estão cheios de emoção, mas vazios de entendimento.

Querem construir três tendas, dando a Moisés e a Elias a mesma importância

de Jesus. Querem igualar Jesus aos representantes da Lei e dos Profetas.

Como o restante do povo, eles também estão confusos quanto à verdadeira

identidade de Jesus (Lc 9.18,19). Não discerniram a divindade de Cristo.

Andam com Cristo, mas não lhe dão a glória devida ao seu nome (Lc 9.33).

Onde Cristo não recebe a preeminência, a espiritualidade está fora de foco.

Jesus é maior do que do Moisés e Elias. A Lei e os Profetas apontaram para

ele.

Warren Wiersbe diz que tanto Moisés como Elias, tanto a lei como os profetas

tiveram seu cumprimento em Cristo (Hb 1.1-2; Lc 24.25-27). Moisés morreu e

seu corpo foi sepultado, mas Elias foi arrebatado aos céus. Quando Jesus

retornar, ele ressuscitará os corpos dos santos que morreram e arrebatará os

santos que estiverem vivos (1 Ts 4.13-18).

O Pai corrigiu a teologia dos discípulos, dizendo-lhes: “Este é o meu Filho, o

meu eleito; a ele ouvi” (Lc 9.34,35). Jesus não pode ser confundido com os

homens, ainda que com os mais ilustres. Ele é Deus. Para ele deve ser toda

devoção. Nossa espiritualidade deve ser cristocêntrica. A presença de Moisés e

Elias naquele monte longe de empalidecer a divindade de Cristo, confirmava

que de fato ele era o Messias apontado pela lei e pelos profetas.[6]

Em segundo lugar, eles não discerniram a centralidade da missão de Cristo.

Moisés e Elias apareceram para falar da iminente partida de Jesus para

Jerusalém (Lc 9.30,31). A agenda daquela conversa era a cruz. A cruz é o

centro do ministério de Cristo. Ele veio para morrer. Sua morte não foi um

acidente, mas um decreto do Pai desde a eternidade. Cristo não morreu

porque Judas o traiu por dinheiro, porque os sacerdotes o entregaram por

inveja nem porque Pilatos o condenou por covardia. Ele voluntariamente se

entregou por suas ovelhas (Jo 10.11), pela sua igreja (Ef 5.25).

Toda espiritualidade que desvia o foco da cruz é cega de discernimento

espiritual. Satanás tentou desviar Jesus da cruz, suscitando Herodes para

matá-lo. Depois, ofereceu-lhe um reino. Mais tarde, levantou uma multidão

para fazê-lo rei. Em seguida, suscitou Pedro para reprová-lo. Ainda quando

estava suspenso na cruz, a voz do inferno vociferou na boca dos insolentes

judeus: “Desça da cruz, e creremos nele” (Mt 27.42). Se Cristo descesse da

cruz, nós desceríamos ao inferno. A morte de Cristo nos trouxe vida e

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libertação.

A palavra usada para “partida” é a palavra êxodo. A morte de Cristo abriu as

portas da nossa prisão e nos deu liberdade. Moises e Elias entendiam isso, mas

os discípulos estavam sem discernimento dessa questão central do

Cristianismo (Lc 9.44,45). Hoje há igrejas que aboliram dos púlpitos a

mensagem da cruz. Pregam sobre prosperidade, curas e milagres. Mas, esse

não é o evangelho da cruz, é outro evangelho e deve ser anátema!

Em terceiro lugar, eles não discerniram a centralidade de seus próprios

ministérios – (9.5). Eles disseram: “Bom é estarmos aqui”. Eles queriam a

espiritualidade da fuga, do êxtase e não do enfrentamento. Queriam as visões

arrebatadoras do monte, não os gemidos pungentes do vale. Mas é no vale

que o ministério se desenvolve.

É mais cômodo cultivar a espiritualidade do êxtase, do conforto. É mais fácil

estar no templo, perto de pessoas co-iguais do que descer ao vale cheio de dor

e opressão. Não queremos sair pelas ruas e becos. Não queremos entrar nos

hospitais e cruzar os corredores entupidos de gente com a esperança morta.

Não queremos ver as pessoas encarquilhadas nas salas de quimioterapia.

Evitamos olhar para as pessoas marcadas pelo câncer nas antecâmaras da

radioterapia. Desviamos das pessoas caídas na sarjeta. Não queremos subir os

morros semeados de barracos, onde a pobreza extrema fere a nossa

sensibilidade. Não queremos visitar as prisões insalubres nem pôr os pés nos

guetos encharcados de violência. Não queremos nos envolver com aqueles que

vivem oprimidos pelo diabo nos bolsões da miséria ou encastelados nos

luxuosos condomínios fechados. É fácil e cômodo fazer uma tenda no monte e

viver uma espiritualidade escapista, fechada entre quatro paredes. Permanecer

no monte é fuga, é omissão, é irresponsabilidade. A multidão aflita nos espera

no vale!

Em quarto lugar, eles estão envolvidos por uma nuvem celestial, mas têm

medo de Deus – (Lc 9.34). Eles se encheram de medo (Lc 9.34) ao ponto de

caírem de bruços (Mt 17.5,6). A espiritualidade deles é marcada pela fobia do

sagrado. Eles não apenas não encontram prazer na comunhão com Deus

através da oração, mas revelam medo de Deus. Vêem Deus como uma

ameaça. Eles se prostram não para adorar, mas para temer. Eles estavam

aterrados (9.6). Pedro, o representante do grupo, não sabia o que dizia (Lc

9.33). Deus não é um fantasma cósmico. Ele é o Pai de amor. Jesus não

alimentou a patologia espiritual dos discípulos; pelo contrário, mostrou sua

improcedência: “Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos,

e não temais” (Mt 17.7). O medo de Deus revela uma espiritualidade rasa e

sem discernimento.

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II. A ESPIRITUALIDADE DO VALE – DISCUSSÃO SEM PODER – (9.9-29)

Os nove discípulos de Jesus estavam no vale cara a cara com o diabo, sem

poder espiritual, colhendo um grande fracasso. A razão era a mesma dos três

que estavam no monte: em vez de orar, estavam discutindo. Aqui aprendemos

várias lições:

1. No vale há gente sofrendo o cativeiro do diabo sem encontrar na

igreja solução para o seu drama – (9.18).

Aqui está um pai desesperado (Mt 17.15,16). O diabo invadiu a sua casa e

está arrebentando com a sua família. Está destruindo seu único filho.

Aquele jovem estava possuído por uma casta de demônios, que tornavam sua

vida um verdadeiro inferno. No auge do seu desespero o pai do jovem correu

para os discípulos de Jesus em busca de ajuda, mas eles estavam sem poder.

Exemplo: a experiência de Erlo Stegen em Kwa Sizabantu.

A igreja tem oferecido resposta para uma sociedade desesperançada e aflita?

Temos confrontado o poder do mal? Conhecimento apenas não basta, é preciso

revestimento de poder. O reino de Deus não consiste de palavras, mas de

poder.

2. No vale há gente desesperada precisando de ajuda, mas os

discípulos estão perdendo tempo, envolvidos numa discussão

infrutífera – (9.14-18).

Os discípulos estavam envolvidos numa interminável discussão com os

escribas, enquanto o diabo estava agindo livremente sem ser confrontado. Eles

estavam perdendo tempo com os inimigos da obra em vez de fazer a obra

(9.16).

A discussão, muitas vezes é saudável e necessária. Mas, passar o tempo todo

discutindo é uma estratégia do diabo para nos manter fora da linha de

combate. Há crentes que passam a vida inteira discutindo empolgantes temas

na Escola Dominical, participando de retiros e congressos, mas nunca entram

em campo para agir. Sabem muito e fazem pouco. Discutem muito e

trabalham pouco.

Os discípulos estavam discutindo com os opositores da obras (9.14). Discussão

sem ação é paralisia espiritual. O inferno vibra quando a igreja se fecha dentro

de quatro paredes, em torno dos seus empolgantes assuntos. O mundo perece

enquanto a igreja está discutindo. Há muita discussão, mas pouco poder. Muita

verborragia, mas pouca unção. Há multidões sedentas, mas pouca ação da

igreja.

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3. No vale, enquanto os discípulos discutem, há um poder demoníaco

sem ser confrontado – (9.17,18).

Há dois extremos perigosos que precisamos evitar no trato dessa matéria:

Em primeiro lugar, subestimar o inimigo. Os liberais, os céticos e incrédulos

negam a existência e a ação dos demônios. Para eles o diabo é uma figura

lendária e mitológica. Negar a existência e a ação do diabo é cair nas malhas

do mais ardiloso satanismo.

Em segundo lugar, superestimar o inimigo. Há segmentos chamados

evangélicos que falam mais no diabo do que anunciam Jesus. Pregam mais

sobre exorcismo do que arrependimento. Vivem caçando demônios

neurotizados pelo chamado movimento de batalha espiritual.

Como era esse poder maligno que estava agindo no vale?

Primeiro, o poder maligno que estava em ação na vida daquele menino era

assombrosamente destruidor (9.18,22; Lc 9.39). A casta de demônios fazia

esse jovem rilhar os dentes, convulsionava-o e lançava-o no fogo e na água,

para matá-lo. Os sintomas desse jovem apontam para uma epilepsia. Mas não

era um caso comum de epilepsia, pois além de estar sofrendo dessa desordem

convulsiva, era também um surdo-mudo. O espírito imundo que estava nele o

havia privado de falar e ouvir.[7] A possessão demoníaca é uma realidade

dramática que tem afligido muitas pessoas ainda hoje. Os ataques àquele

jovem eram tão freqüentes e fortes que o menino não queria mais crescer,

mas ia definhando.

Segundo, o poder maligno em ação no vale atingia as crianças (9.21,22). A

palavra usada para meninice é bréfos, palavra que descreve a infância desde o

período intra-uterino. O diabo não poupa nem mesmo as crianças. Aquele

jovem vivia dominado por uma casta de demônios desde sua infância. Há uma

orquestração do inferno para atingir as crianças (Ex 10.10,11). Se Satanás

investe desde cedo na vida das crianças, não deveríamos nós, com muito mais

fervor investir na salvação delas? Se as crianças podem ser cheia de demônios,

não poderiam ser também cheias do Espírito de Deus?[8] Exemplo: minha

experiência no começo do ministério em Vitória com o menino de três anos.

Terceiro, o poder maligno em curso age com requinte de crueldade (Lc 9.38).

Esse jovem era filho único. O coração do Filho único de Deus enchia-se de

compaixão por esses filhos únicos, por seus pais, e por muitos, muitos

outros![9] Ao atacar esse rapaz o diabo estava destruindo os sonhos de uma

família. Onde os demônios agem há sinais de desespero. Onde eles atacam a

morte mostra sua carranca. Onde eles não são confrontados, a invasão do mal

desconhece limites.

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4. No vale, os discípulos estão sem poder para confrontar os poderes

das trevas (9.18; Lc 9.40; Mt 17.16).

Por que os discípulos estão sem poder?

Em primeiro lugar, porque há demônios e demônios (9.29). Há demônios mais

resistentes que outros (Mt 17.19,21). Há hierarquia no reino das trevas (Ef

6.12). Exemplo: o homem possesso de Aribiri.

Em segundo lugar, porque os discípulos não oraram (9.28,29). Não há poder

espiritual sem oração. O poder não vem de dentro, mas do alto.

Em terceiro lugar, porque os discípulos não jejuaram (9.28,29). O jejum nos

esvazia de nós mesmos e nos reveste com o poder do alto. Quando jejuamos

estamos dizendo que dependemos totalmente dos recursos de Deus.

Em quarto lugar, porque os discípulos tinham uma fé tímida (Mt 17.19,20). A

fé não olha para a adversidade, mas para as infinitas possibilidades de Deus.

Jesus disse para o pai do jovem: “Se podes, tudo é possível ao que crê”

(9.23). O poder de Jesus opera, muitas vezes, mediante a nossa fé. Exemplo:

o seminarista de Recife.

III. A ESPIRITUALIDADE DE JESUS (9.30,31; Lc 9.29,31,44,51,53).

A transfiguração foi uma antecipação da glória, um vislumbre e um ensaio de

como será o céu (Mt 16.18). A palavra “transfigurar” é metamorphothe, de

onde vem a palavra metamorfose. O verbo refere-se a uma mudança externa

que procede de dentro. Essa não é uma mudança meramente de aparência,

mas uma mudança completa para outra forma.[10] Sua idéia básica é: mudar

de figura.[11] Muitas vezes, os discípulos viram Jesus empoeirado, faminto e

exausto, além de perseguido, sem pátria e sem proteção. De repente passa

uma labareda por esta casca de humilhação, indubitável, inesquecível (2 Pe

1.16-18). Por alguns momentos, todo ele estava permeado de luz.[12]

Aprendemos aqui algumas verdades fundamentais sobe a espiritualidade de

Jesus:

1. A espiritualidade de Jesus é fortemente marcada pela oração – (Lc

9.28).

Jesus subiu o Monte da Transfiguração com o propósito de orar e porque orou

seu rosto transfigurou e suas vestes resplandeceram de brancura (Lc 9.29). A

oração é uma via de mão dupla, onde nos deleitamos em Deus e ele tem

prazer em nós (Mt 17.5). Deus tem prazer em ter comunhão com seu povo (Is

62.4,5; Sf 3.17). A essência da oração é comunhão com Deus. O maior anseio

de quem ora não são as bênçãos de Deus, mas o Deus das bênçãos. Jesus

muitas vezes saía para os lugares solitários para buscar a face do Pai.

Este material é parte integrante da Igreja Batista Gênesis

Dois fatos são dignos de destaque na transfiguração de Jesus:

Em primeiro lugar, o seu rosto transfigurou (Lc 9.29). Mateus diz que o seu

rosto resplandecia como o sol (Mt 17.2). O nosso corpo precisa ser vazado pela

luz do céu. Devemos glorificar a Deus no nosso corpo. A glória de Deus precisa

brilhar em nós e resplandecer através de nós.

Em segundo lugar, suas vestes também resplandeceram de brancura (Lc

9.29). Mateus diz que suas vestes resplandeceram como a luz (Mt 17.2).

Marcos nos informa que as suas vestes tornaram-se resplandecentes e

sobremodo brancas, como nenhum lavandeiro na terra as poderia alvejar

(9.3). Adolf Pohl diz que para o oriental, roupa e pessoa são uma coisa só.

Assim, ele pode descrever vestimentas para caracterizar quem as usa (Ap

1.13; 4.4; 7.9; 10.1; 12.1; 17.4; 19.13).[13] As nossas vestes revelam o

nosso íntimo mais do que cobrem o nosso corpo. Retratam o nosso estado

interior e demonstram o nosso senso de valores. As nossas roupas precisam

ser também santificadas para não defraudarmos os nossos irmãos. Devemos

nos vestir com modéstia e bom senso. Devemos nos vestir para a glória de

Deus.

A oração de Jesus no monte ainda nos evidencia outras duas verdades:

Em primeiro lugar, na transfiguração Jesus foi consolado antecipadamente

para enfrentar a cruz (Lc 9.30,31). Quando oramos Deus nos consola

antecipadamente para enfrentarmos as situações difíceis. Jesus passaria por

momentos amargos: seria preso, açoitado, cuspido, ultrajado, condenado e

pregado numa cruz. Mas, pela oração o Pai o capacitou a beber aquele cálice

amargo sem retroceder. Quem não ora desespera-se na hora da aflição. É pela

oração que triunfamos. Exemplo: no dia que meu pai morreu o avião cruzou o

nevoeiro denso e lá encima o sol estava brilhando.

Em segundo lugar, em resposta à oração de Jesus, o Pai confirmou o seu

ministério (Mt 17.4,5). Os discípulos sem discernimento igualaram Jesus a

Moisés e Elias, mas o Pai defendeu Jesus, dizendo-lhes: “Este é o meu Filho

amado, em quem me comprazo; a ele ouvi”. Marcos registra: “E de relance,

olhando ao redor, a ninguém mais viram com eles, senão Jesus” (9.8). O Pai

reafirma seu amor ao Filho e autentica sua autoridade, falando de dentro da

nuvem luminosa aos discípulos. Aquela era a mesma nuvem que havia guiado

Israel quando saía do Egito (Ex 13.21), que apareceu ao povo no deserto (Ex

16.10; 24.15-18), que apareceu a Moisés (Ex 19.9) e que encheu o templo

com a glória do Senhor (1Rs 8.10).[14] Vincent Taylor afirma que no Antigo

Testamento a nuvem “é o veículo da presença de Deus, a habitação de sua

glória, da qual ele fala”.[15]

Você não precisa se defender, você precisa orar. Quando você ora, Deus sai

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em sua defesa. Quando você cuida da sua piedade, Deus cuida da sua

reputação. Além de não defender o seu ministério, Jesus não tocou trombetas

para propagar suas gloriosas experiências. Sua espiritualidade não era

autoglorificante (Mt 17.9). Quem elogia a si mesmo demonstra uma

espiritualidade trôpega.

2. A espiritualidade de Jesus é marcada pela obediência ao Pai –

(9.30,31; Lc 9.44,51,53).

A obediência absoluta e espontânea à vontade do Pai foi a marca distintiva da

vida de Jesus. A cruz não era uma surpresa, mas uma agenda. Ele não morreu

como mártir, ele se entregou. Ele foi para a cruz porque o Pai o entregou por

amor (Jo 3.16; Rm 5.8; 8.32). A conversa de Moisés e Elias com Jesus foi

sobre sua partida para Jerusalém. A expressão usada foi êxodos. O êxodo foi a

libertação do povo de Israel do cativeiro egípcio. Como seu êxodo, Jesus nos

libertou do cativeiro do pecado. Sua morte nos trouxe libertação e vida. Logo

que desceu do monte, Jesus demonstrou com resoluta firmeza que estava indo

para a cruz (9.31; 9.53). Ele chorou (Hb 7.5) e suou sangue (Lc 22.39-46)

para fazer a vontade do Pai. Ele veio para isso (Jo 17.4) e ao morrer na cruz,

declarou isso triunfantemente (Jo 19.30). A verdadeira espiritualidade implica

em obediência (Mt 7.22,23).

3. A espiritualidade de Jesus é marcada por poder para desbaratar as

obras do diabo (9.25-27).

O ministério de Jesus foi comprometido com a libertação dos cativos (Lc 4.18;

At 10.38). Ao mesmo tempo em que ele é o libertador dos homens, é o

flagelador dos demônios. Jesus expulsou a casta de demônios do menino

endemoninhado e disse: “Sai [...] e nunca mais tornes a ele” (9.25-27). O

poder de Jesus é absoluto e irresistível. Os demônios bateram em retirada, o

menino foi liberto, devolvido ao seu pai e todos ficaram maravilhados ante a

majestade de Deus (Lc 9.43).

Para Jesus não causa perdida nem vida irrecuperável. Ele veio libertar os cativos