BLOG do Pr. Alexndre Sousa
Um blog pra quem gosta de coisa boa
sábado, 31 de julho de 2010
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
CARTA DE UM PAI
Sentido para captar o que EU vou narrar para um PAI
OS DEZ MANDAMENTOS PARA O PAI
1-Lembra-te de que o LAR foi formado por Deus no principio da raça humana para que nele o homem encontre toda felicidade na terra
2-Lembra de que o primeiro ataque de satanás foi contra o LAR e que ele,através dos séculos tem feito todo esforço para destruí-lo
3- Não te esqueças de que Deus te colocou como cabeça do LAR cumpre com firmeza os teus deveres de chefe de casa
4-Coloca o LAR em primeiro lugar na lista das tuas prioridades.Ele deve ser mais importante que qualquer outra coisa da vida
5-Cumpre a tua responsabilidade de providenciar o suprimento MATERIAL,MORAL,E ESPIRITUAL para o teu LAR
6-Sê generoso em dispensar á tua esposa e a teus filhos o amor que eles precisam, tanto por palavra como por ação é tudo que eles esperam de um PAI
7-Considera sempre os filhos como pedras preciosas que precisam ser lapidadas constantemente,a fim de que se tornem o adorno do teu LAR e tu possa te orgulhar sempre deles
8-Procura viver de tal maneira que os teus filhos possa seguir os teus passos, tranqüilos e confiantes
9- Mantém sempre aberta a linha de comunicação no LAR através da qual desentendimento
e problemas – que por ventura venha a surgir – possam ser resolvidos com alegria felicidade de todos
10- Lembra-te de que a tarefa que Deus te deu é pesada demais para você realizar sozinho por isso busca orientação de Deus através da oração e da leitura da bíblia, que ela não é somente mapa que nos leva ao céu mas a bussola que nos guia na terra
Os filhos tornam para os pais segundo a educação que recebe,Se não conquistarmos hoje os nossos filhos eles nos quebrantaram amanhã, O exemplo de um pai é a linguagem mas conhecida por todos os filhos
Ensine uma criança ficar adolescentes ; e um adolescente a se tornar jovem; e um jovem a se tornar adulto depois disso ele saberá ficar velho graciosamente
Quero dedicar todo este conteúdo desta missiva a todos os meus filhos tanto os filhos descendentes como meus filhos na FÉ
E nossa suplica ardente é que todos possam conhecer a DEUS e cada pai possa passar para seus filhos Dt 6.6,7,
Ensina o teu filho o caminho em que deve andar que até depois de velho não se apartara dele Pv
Filho meu atentas para as palavras dos meus ensinamentos inclina os teus ouvidos e não deixe fugir dos teus olhos porque eles são vida para quem aprende e vIve
PASTOR ALEXANDRE DE JESUS SOUSA
TRÊS TIPOS DE ESPIRITUALIDADE
INTRODUÇÃO
1. O homem é um ser religioso
O homem é um ser religioso. Desde os tempos mais remotos, ele tem
levantado altares. Há povos sem leis, sem governos, sem economia, sem
escolas, mas jamais sem religião. O homem tem sede do Eterno. Deus mesmo
colocou a eternidade no coração do homem.
Cada religião busca oferecer ao homem o caminho de volta para Deus. As
religiões são repetições do malogrado projeto da Torre de Babel.
2. O homem é um ser confuso espiritualmente
Só há duas religiões no mundo: a revelada e aquela criada pelo próprio
homem. Uma tenta abrir caminhos da terra ao céu; a outra, abre o caminho a
partir do céu. Uma é humanista, a outra é teocêntrica. Uma prega a salvação
pelas obras; a outra, pela graça.
O cristianismo é a revelação que o próprio Deus faz de si mesmo e do seu
plano redentor. As demais religiões representam um esforço inútil de o homem
chegar até Deus através dos seus méritos.
3. O homem é um ser que idolatra a si mesmo
A religião que prevalece hoje é a antropolatria. O homem tornou-se o centro
de todas as coisas. Na pregação contemporânea, Deus é quem está a serviço
do homem e não o homem a serviço de Deus. A vontade do homem é que
deve ser feita no céu e não a vontade de Deus na terra. O homem
contemporâneo não busca conhecer a Deus, mas sentir-se bem.
A luz interior tornou-se mais importante do que a revelação escrita. O culto
não é racional, mas sensorial. O homem não quer conhecer, quer sentir. O
sentimento prevaleceu sobre a razão. As emoções assentaram-se no trono e a
religião está se transformando num ópio, um narcótico que anestesia a alma e
coloca em sono profundo as grandes inquietações da alma.
Marcos capítulo 9 oferece-nos uma reposta sobre os modelos de
espiritualidade:
Este material é parte integrante da Igreja Batista Gênesis
I. A ESPIRITUALIDADE DO MONTE – ÊXTASE SEM ENTENDIMENTO –
(9.2-8)
Pedro, Tiago e João sobem o Monte da Transfiguração com Jesus, mas não
alcançam as alturas espirituais da intimidade com Deus. Há uma transição bela
entre o capítulo 8 de Marcos e este capítulo 9; no anterior Cristo falou da cruz,
agora ele revela a glória. O caminho da glória passa pela cruz.
Que monte era este? A tradição diz que é o Monte Tabor;[1] outros pensam
que se trata do Monte Hermon. Mas, a geografia não interessa, diz Adolf Pohl,
já que não se pensa em peregrinações. A fé no Senhor vivo que está presente
em todos os lugares faz com que montes sagrados entrem em
esquecimento.[2]
A mente dos discípulos estava confusa e o coração fechado. Eles estavam
cercados por uma aura de glória e luz, mas um véu lhes embaçava os olhos e
tirava-lhes o entendimento.
1. Os discípulos andam com Jesus, mas não conhecem a intimidade do
Pai – (Lc 9.28,29).
Jesus subiu o Monte da Transfiguração para orar. A motivação de Jesus era
estar com o Pai. A oração era o oxigênio da sua alma. Todo o seu ministério foi
regado de intensa e perseverante oração. Jesus está orando, mas em
momento nenhum os discípulos estão orando com ele. Eles não sentem
necessidade nem prazer na oração. Eles não têm sede de Deus. Eles estão no
monte a reboque, mas não estão alimentados pela mesma motivação de Jesus.
2. Os discípulos estão diante da manifestação da glória de Deus, mas,
em vez de orar, eles dormem – (Lc 9.28,29).
Jesus foi transfigurado porque orou. Os discípulos não oraram e por isso foram
apenas espectadores. Porque não oraram, ficaram agarrados ao sono. A falta
de oração pesou-lhes as pálpebras e cerrou-lhes o entendimento. Um santo de
joelhos enxerga mais longe do que um filósofo na ponta dos pés. As coisas
mais santas, as visões mais gloriosas e as palavras mais sublimes não
encontraram guarida no coração deles. As coisas de Deus não lhes davam
entusiasmo; elas cansavam seus olhos, entediavam seus ouvidos e causavamlhes
sono.
3. Os discípulos experimentam um êxtase, mas não têm discernimento
espiritual – (9.7,8).
Os discípulos contemplaram quatro fatos milagrosos: a transfiguração do rosto
de Jesus, a aparição em glória de Moisés e Elias, a nuvem luminosa que os
Este material é parte integrante da Igreja Batista Gênesis
envolveu e a voz do céu que trovejava em seus ouvidos. Nenhuma assembléia
na terra jamais foi tão esplendidamente representada: lá estava o Deus triúno,
Moisés e Elias, o maior legislador e o maior profeta. Lá estavam Pedro, Tiago e
João, os apóstolos mais íntimos de Jesus. Apesar de estar envoltos num
ambiente de milagres, faltou-lhes discernimento em quatro questões básicas:
Em primeiro lugar, eles não discerniram a centralidade da Pessoa de Cristo
(9.7,8). Os discípulos estão cheios de emoção, mas vazios de entendimento.
Querem construir três tendas, dando a Moisés e a Elias a mesma importância
de Jesus. Querem igualar Jesus aos representantes da Lei e dos Profetas.
Como o restante do povo, eles também estão confusos quanto à verdadeira
identidade de Jesus (Lc 9.18,19). Não discerniram a divindade de Cristo.
Andam com Cristo, mas não lhe dão a glória devida ao seu nome (Lc 9.33).
Onde Cristo não recebe a preeminência, a espiritualidade está fora de foco.
Jesus é maior do que do Moisés e Elias. A Lei e os Profetas apontaram para
ele.
Warren Wiersbe diz que tanto Moisés como Elias, tanto a lei como os profetas
tiveram seu cumprimento em Cristo (Hb 1.1-2; Lc 24.25-27). Moisés morreu e
seu corpo foi sepultado, mas Elias foi arrebatado aos céus. Quando Jesus
retornar, ele ressuscitará os corpos dos santos que morreram e arrebatará os
santos que estiverem vivos (1 Ts 4.13-18).
O Pai corrigiu a teologia dos discípulos, dizendo-lhes: “Este é o meu Filho, o
meu eleito; a ele ouvi” (Lc 9.34,35). Jesus não pode ser confundido com os
homens, ainda que com os mais ilustres. Ele é Deus. Para ele deve ser toda
devoção. Nossa espiritualidade deve ser cristocêntrica. A presença de Moisés e
Elias naquele monte longe de empalidecer a divindade de Cristo, confirmava
que de fato ele era o Messias apontado pela lei e pelos profetas.[6]
Em segundo lugar, eles não discerniram a centralidade da missão de Cristo.
Moisés e Elias apareceram para falar da iminente partida de Jesus para
Jerusalém (Lc 9.30,31). A agenda daquela conversa era a cruz. A cruz é o
centro do ministério de Cristo. Ele veio para morrer. Sua morte não foi um
acidente, mas um decreto do Pai desde a eternidade. Cristo não morreu
porque Judas o traiu por dinheiro, porque os sacerdotes o entregaram por
inveja nem porque Pilatos o condenou por covardia. Ele voluntariamente se
entregou por suas ovelhas (Jo 10.11), pela sua igreja (Ef 5.25).
Toda espiritualidade que desvia o foco da cruz é cega de discernimento
espiritual. Satanás tentou desviar Jesus da cruz, suscitando Herodes para
matá-lo. Depois, ofereceu-lhe um reino. Mais tarde, levantou uma multidão
para fazê-lo rei. Em seguida, suscitou Pedro para reprová-lo. Ainda quando
estava suspenso na cruz, a voz do inferno vociferou na boca dos insolentes
judeus: “Desça da cruz, e creremos nele” (Mt 27.42). Se Cristo descesse da
cruz, nós desceríamos ao inferno. A morte de Cristo nos trouxe vida e
Este material é parte integrante da Igreja Batista Gênesis
libertação.
A palavra usada para “partida” é a palavra êxodo. A morte de Cristo abriu as
portas da nossa prisão e nos deu liberdade. Moises e Elias entendiam isso, mas
os discípulos estavam sem discernimento dessa questão central do
Cristianismo (Lc 9.44,45). Hoje há igrejas que aboliram dos púlpitos a
mensagem da cruz. Pregam sobre prosperidade, curas e milagres. Mas, esse
não é o evangelho da cruz, é outro evangelho e deve ser anátema!
Em terceiro lugar, eles não discerniram a centralidade de seus próprios
ministérios – (9.5). Eles disseram: “Bom é estarmos aqui”. Eles queriam a
espiritualidade da fuga, do êxtase e não do enfrentamento. Queriam as visões
arrebatadoras do monte, não os gemidos pungentes do vale. Mas é no vale
que o ministério se desenvolve.
É mais cômodo cultivar a espiritualidade do êxtase, do conforto. É mais fácil
estar no templo, perto de pessoas co-iguais do que descer ao vale cheio de dor
e opressão. Não queremos sair pelas ruas e becos. Não queremos entrar nos
hospitais e cruzar os corredores entupidos de gente com a esperança morta.
Não queremos ver as pessoas encarquilhadas nas salas de quimioterapia.
Evitamos olhar para as pessoas marcadas pelo câncer nas antecâmaras da
radioterapia. Desviamos das pessoas caídas na sarjeta. Não queremos subir os
morros semeados de barracos, onde a pobreza extrema fere a nossa
sensibilidade. Não queremos visitar as prisões insalubres nem pôr os pés nos
guetos encharcados de violência. Não queremos nos envolver com aqueles que
vivem oprimidos pelo diabo nos bolsões da miséria ou encastelados nos
luxuosos condomínios fechados. É fácil e cômodo fazer uma tenda no monte e
viver uma espiritualidade escapista, fechada entre quatro paredes. Permanecer
no monte é fuga, é omissão, é irresponsabilidade. A multidão aflita nos espera
no vale!
Em quarto lugar, eles estão envolvidos por uma nuvem celestial, mas têm
medo de Deus – (Lc 9.34). Eles se encheram de medo (Lc 9.34) ao ponto de
caírem de bruços (Mt 17.5,6). A espiritualidade deles é marcada pela fobia do
sagrado. Eles não apenas não encontram prazer na comunhão com Deus
através da oração, mas revelam medo de Deus. Vêem Deus como uma
ameaça. Eles se prostram não para adorar, mas para temer. Eles estavam
aterrados (9.6). Pedro, o representante do grupo, não sabia o que dizia (Lc
9.33). Deus não é um fantasma cósmico. Ele é o Pai de amor. Jesus não
alimentou a patologia espiritual dos discípulos; pelo contrário, mostrou sua
improcedência: “Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos,
e não temais” (Mt 17.7). O medo de Deus revela uma espiritualidade rasa e
sem discernimento.
Este material é parte integrante da Igreja Batista Gênesis
II. A ESPIRITUALIDADE DO VALE – DISCUSSÃO SEM PODER – (9.9-29)
Os nove discípulos de Jesus estavam no vale cara a cara com o diabo, sem
poder espiritual, colhendo um grande fracasso. A razão era a mesma dos três
que estavam no monte: em vez de orar, estavam discutindo. Aqui aprendemos
várias lições:
1. No vale há gente sofrendo o cativeiro do diabo sem encontrar na
igreja solução para o seu drama – (9.18).
Aqui está um pai desesperado (Mt 17.15,16). O diabo invadiu a sua casa e
está arrebentando com a sua família. Está destruindo seu único filho.
Aquele jovem estava possuído por uma casta de demônios, que tornavam sua
vida um verdadeiro inferno. No auge do seu desespero o pai do jovem correu
para os discípulos de Jesus em busca de ajuda, mas eles estavam sem poder.
Exemplo: a experiência de Erlo Stegen em Kwa Sizabantu.
A igreja tem oferecido resposta para uma sociedade desesperançada e aflita?
Temos confrontado o poder do mal? Conhecimento apenas não basta, é preciso
revestimento de poder. O reino de Deus não consiste de palavras, mas de
poder.
2. No vale há gente desesperada precisando de ajuda, mas os
discípulos estão perdendo tempo, envolvidos numa discussão
infrutífera – (9.14-18).
Os discípulos estavam envolvidos numa interminável discussão com os
escribas, enquanto o diabo estava agindo livremente sem ser confrontado. Eles
estavam perdendo tempo com os inimigos da obra em vez de fazer a obra
(9.16).
A discussão, muitas vezes é saudável e necessária. Mas, passar o tempo todo
discutindo é uma estratégia do diabo para nos manter fora da linha de
combate. Há crentes que passam a vida inteira discutindo empolgantes temas
na Escola Dominical, participando de retiros e congressos, mas nunca entram
em campo para agir. Sabem muito e fazem pouco. Discutem muito e
trabalham pouco.
Os discípulos estavam discutindo com os opositores da obras (9.14). Discussão
sem ação é paralisia espiritual. O inferno vibra quando a igreja se fecha dentro
de quatro paredes, em torno dos seus empolgantes assuntos. O mundo perece
enquanto a igreja está discutindo. Há muita discussão, mas pouco poder. Muita
verborragia, mas pouca unção. Há multidões sedentas, mas pouca ação da
igreja.
Este material é parte integrante da Igreja Batista Gênesis
3. No vale, enquanto os discípulos discutem, há um poder demoníaco
sem ser confrontado – (9.17,18).
Há dois extremos perigosos que precisamos evitar no trato dessa matéria:
Em primeiro lugar, subestimar o inimigo. Os liberais, os céticos e incrédulos
negam a existência e a ação dos demônios. Para eles o diabo é uma figura
lendária e mitológica. Negar a existência e a ação do diabo é cair nas malhas
do mais ardiloso satanismo.
Em segundo lugar, superestimar o inimigo. Há segmentos chamados
evangélicos que falam mais no diabo do que anunciam Jesus. Pregam mais
sobre exorcismo do que arrependimento. Vivem caçando demônios
neurotizados pelo chamado movimento de batalha espiritual.
Como era esse poder maligno que estava agindo no vale?
Primeiro, o poder maligno que estava em ação na vida daquele menino era
assombrosamente destruidor (9.18,22; Lc 9.39). A casta de demônios fazia
esse jovem rilhar os dentes, convulsionava-o e lançava-o no fogo e na água,
para matá-lo. Os sintomas desse jovem apontam para uma epilepsia. Mas não
era um caso comum de epilepsia, pois além de estar sofrendo dessa desordem
convulsiva, era também um surdo-mudo. O espírito imundo que estava nele o
havia privado de falar e ouvir.[7] A possessão demoníaca é uma realidade
dramática que tem afligido muitas pessoas ainda hoje. Os ataques àquele
jovem eram tão freqüentes e fortes que o menino não queria mais crescer,
mas ia definhando.
Segundo, o poder maligno em ação no vale atingia as crianças (9.21,22). A
palavra usada para meninice é bréfos, palavra que descreve a infância desde o
período intra-uterino. O diabo não poupa nem mesmo as crianças. Aquele
jovem vivia dominado por uma casta de demônios desde sua infância. Há uma
orquestração do inferno para atingir as crianças (Ex 10.10,11). Se Satanás
investe desde cedo na vida das crianças, não deveríamos nós, com muito mais
fervor investir na salvação delas? Se as crianças podem ser cheia de demônios,
não poderiam ser também cheias do Espírito de Deus?[8] Exemplo: minha
experiência no começo do ministério em Vitória com o menino de três anos.
Terceiro, o poder maligno em curso age com requinte de crueldade (Lc 9.38).
Esse jovem era filho único. O coração do Filho único de Deus enchia-se de
compaixão por esses filhos únicos, por seus pais, e por muitos, muitos
outros![9] Ao atacar esse rapaz o diabo estava destruindo os sonhos de uma
família. Onde os demônios agem há sinais de desespero. Onde eles atacam a
morte mostra sua carranca. Onde eles não são confrontados, a invasão do mal
desconhece limites.
Este material é parte integrante da Igreja Batista Gênesis
4. No vale, os discípulos estão sem poder para confrontar os poderes
das trevas (9.18; Lc 9.40; Mt 17.16).
Por que os discípulos estão sem poder?
Em primeiro lugar, porque há demônios e demônios (9.29). Há demônios mais
resistentes que outros (Mt 17.19,21). Há hierarquia no reino das trevas (Ef
6.12). Exemplo: o homem possesso de Aribiri.
Em segundo lugar, porque os discípulos não oraram (9.28,29). Não há poder
espiritual sem oração. O poder não vem de dentro, mas do alto.
Em terceiro lugar, porque os discípulos não jejuaram (9.28,29). O jejum nos
esvazia de nós mesmos e nos reveste com o poder do alto. Quando jejuamos
estamos dizendo que dependemos totalmente dos recursos de Deus.
Em quarto lugar, porque os discípulos tinham uma fé tímida (Mt 17.19,20). A
fé não olha para a adversidade, mas para as infinitas possibilidades de Deus.
Jesus disse para o pai do jovem: “Se podes, tudo é possível ao que crê”
(9.23). O poder de Jesus opera, muitas vezes, mediante a nossa fé. Exemplo:
o seminarista de Recife.
III. A ESPIRITUALIDADE DE JESUS (9.30,31; Lc 9.29,31,44,51,53).
A transfiguração foi uma antecipação da glória, um vislumbre e um ensaio de
como será o céu (Mt 16.18). A palavra “transfigurar” é metamorphothe, de
onde vem a palavra metamorfose. O verbo refere-se a uma mudança externa
que procede de dentro. Essa não é uma mudança meramente de aparência,
mas uma mudança completa para outra forma.[10] Sua idéia básica é: mudar
de figura.[11] Muitas vezes, os discípulos viram Jesus empoeirado, faminto e
exausto, além de perseguido, sem pátria e sem proteção. De repente passa
uma labareda por esta casca de humilhação, indubitável, inesquecível (2 Pe
1.16-18). Por alguns momentos, todo ele estava permeado de luz.[12]
Aprendemos aqui algumas verdades fundamentais sobe a espiritualidade de
Jesus:
1. A espiritualidade de Jesus é fortemente marcada pela oração – (Lc
9.28).
Jesus subiu o Monte da Transfiguração com o propósito de orar e porque orou
seu rosto transfigurou e suas vestes resplandeceram de brancura (Lc 9.29). A
oração é uma via de mão dupla, onde nos deleitamos em Deus e ele tem
prazer em nós (Mt 17.5). Deus tem prazer em ter comunhão com seu povo (Is
62.4,5; Sf 3.17). A essência da oração é comunhão com Deus. O maior anseio
de quem ora não são as bênçãos de Deus, mas o Deus das bênçãos. Jesus
muitas vezes saía para os lugares solitários para buscar a face do Pai.
Este material é parte integrante da Igreja Batista Gênesis
Dois fatos são dignos de destaque na transfiguração de Jesus:
Em primeiro lugar, o seu rosto transfigurou (Lc 9.29). Mateus diz que o seu
rosto resplandecia como o sol (Mt 17.2). O nosso corpo precisa ser vazado pela
luz do céu. Devemos glorificar a Deus no nosso corpo. A glória de Deus precisa
brilhar em nós e resplandecer através de nós.
Em segundo lugar, suas vestes também resplandeceram de brancura (Lc
9.29). Mateus diz que suas vestes resplandeceram como a luz (Mt 17.2).
Marcos nos informa que as suas vestes tornaram-se resplandecentes e
sobremodo brancas, como nenhum lavandeiro na terra as poderia alvejar
(9.3). Adolf Pohl diz que para o oriental, roupa e pessoa são uma coisa só.
Assim, ele pode descrever vestimentas para caracterizar quem as usa (Ap
1.13; 4.4; 7.9; 10.1; 12.1; 17.4; 19.13).[13] As nossas vestes revelam o
nosso íntimo mais do que cobrem o nosso corpo. Retratam o nosso estado
interior e demonstram o nosso senso de valores. As nossas roupas precisam
ser também santificadas para não defraudarmos os nossos irmãos. Devemos
nos vestir com modéstia e bom senso. Devemos nos vestir para a glória de
Deus.
A oração de Jesus no monte ainda nos evidencia outras duas verdades:
Em primeiro lugar, na transfiguração Jesus foi consolado antecipadamente
para enfrentar a cruz (Lc 9.30,31). Quando oramos Deus nos consola
antecipadamente para enfrentarmos as situações difíceis. Jesus passaria por
momentos amargos: seria preso, açoitado, cuspido, ultrajado, condenado e
pregado numa cruz. Mas, pela oração o Pai o capacitou a beber aquele cálice
amargo sem retroceder. Quem não ora desespera-se na hora da aflição. É pela
oração que triunfamos. Exemplo: no dia que meu pai morreu o avião cruzou o
nevoeiro denso e lá encima o sol estava brilhando.
Em segundo lugar, em resposta à oração de Jesus, o Pai confirmou o seu
ministério (Mt 17.4,5). Os discípulos sem discernimento igualaram Jesus a
Moisés e Elias, mas o Pai defendeu Jesus, dizendo-lhes: “Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo; a ele ouvi”. Marcos registra: “E de relance,
olhando ao redor, a ninguém mais viram com eles, senão Jesus” (9.8). O Pai
reafirma seu amor ao Filho e autentica sua autoridade, falando de dentro da
nuvem luminosa aos discípulos. Aquela era a mesma nuvem que havia guiado
Israel quando saía do Egito (Ex 13.21), que apareceu ao povo no deserto (Ex
16.10; 24.15-18), que apareceu a Moisés (Ex 19.9) e que encheu o templo
com a glória do Senhor (1Rs 8.10).[14] Vincent Taylor afirma que no Antigo
Testamento a nuvem “é o veículo da presença de Deus, a habitação de sua
glória, da qual ele fala”.[15]
Você não precisa se defender, você precisa orar. Quando você ora, Deus sai
Este material é parte integrante da Igreja Batista Gênesis
em sua defesa. Quando você cuida da sua piedade, Deus cuida da sua
reputação. Além de não defender o seu ministério, Jesus não tocou trombetas
para propagar suas gloriosas experiências. Sua espiritualidade não era
autoglorificante (Mt 17.9). Quem elogia a si mesmo demonstra uma
espiritualidade trôpega.
2. A espiritualidade de Jesus é marcada pela obediência ao Pai –
(9.30,31; Lc 9.44,51,53).
A obediência absoluta e espontânea à vontade do Pai foi a marca distintiva da
vida de Jesus. A cruz não era uma surpresa, mas uma agenda. Ele não morreu
como mártir, ele se entregou. Ele foi para a cruz porque o Pai o entregou por
amor (Jo 3.16; Rm 5.8; 8.32). A conversa de Moisés e Elias com Jesus foi
sobre sua partida para Jerusalém. A expressão usada foi êxodos. O êxodo foi a
libertação do povo de Israel do cativeiro egípcio. Como seu êxodo, Jesus nos
libertou do cativeiro do pecado. Sua morte nos trouxe libertação e vida. Logo
que desceu do monte, Jesus demonstrou com resoluta firmeza que estava indo
para a cruz (9.31; 9.53). Ele chorou (Hb 7.5) e suou sangue (Lc 22.39-46)
para fazer a vontade do Pai. Ele veio para isso (Jo 17.4) e ao morrer na cruz,
declarou isso triunfantemente (Jo 19.30). A verdadeira espiritualidade implica
em obediência (Mt 7.22,23).
3. A espiritualidade de Jesus é marcada por poder para desbaratar as
obras do diabo (9.25-27).
O ministério de Jesus foi comprometido com a libertação dos cativos (Lc 4.18;
At 10.38). Ao mesmo tempo em que ele é o libertador dos homens, é o
flagelador dos demônios. Jesus expulsou a casta de demônios do menino
endemoninhado e disse: “Sai [...] e nunca mais tornes a ele” (9.25-27). O
poder de Jesus é absoluto e irresistível. Os demônios bateram em retirada, o
menino foi liberto, devolvido ao seu pai e todos ficaram maravilhados ante a
majestade de Deus (Lc 9.43).
Para Jesus não causa perdida nem vida irrecuperável. Ele veio libertar os cativos